
Começaram a chegar por volta das nove da noite, a maioria com um ramo de oliveira na mão. Acederam ao pedido que vinha nos cartazes um pouco espalhados por toda a Vila da Luz, anunciando a vigília por Madeleine.
Às 21:30, quando a cerimónia começou, já havia gente à porta da igreja, porque lá dentro já não havia espaço para assistir. Ao fundo, do lado direito do altar, um grande cartaz verde com um enorme coração vermelho e uma foto de Maddie ao centro. «Vamos acender uma luz de esperança», lê-se em baixo.
Dentro da igreja, mais de 200 pessoas apertadas entoam cânticos religiosos, levantando de quando em quando os ramos de oliveira. As palavras, proferidas por um religioso português e outro britânico, são ditas nas duas línguas. A pedido dos pais, não foi permitida a captação de imagens da cerimónia. Os jornalistas ficaram à porta.
No início da vigília, o padre português lembrou que a pequena Madeleine faz quatro anos amanhã e que é tradição da igreja católica realizar-se vigílias na noite anterior ao aniversário.
Os cânticos na igreja ecoam na rua, quebrando o silêncio que marca o rosto de quem acompanha a cerimónia do lado de fora. A noite adivinha-se longa e triste, mas ao mesmo tempo de esperança. Uma esperança representada nas peças de roupa verde que alguns envergam, no esverdeado dos ramos e na luz das velas que foram acesas por todos os que rezam para que Maddie regresse são e salva aos seus pais e irmãos.

PAZ E BEM
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