19 de agosto de 2007

Uma Carta...


Cresci rodeada de Amor, inspirado por Ti, mas recriado a cada dia por toda a gente com quem me cruzei. Talvez inspirados por Ti, também. Mas, nos meus devaneios, vejo-Te bem mais interessante e inteligente do que Criador de simples marionetas com que brincas a Teu prazer. Vejo-Te bem mais amoroso até pela forma como nos vais colocando, no caminho, as escolhas que nos elevam ou nos reduzem. E sempre que a escolha se aproxima desse Amor, algo em nós torna-se eterno. No fundo, escrevo-Te a confessar as voltas que Te tenho dado na minha cabeça. As transformações a que Te sujeitei, fruto do conflito do que cresci a acreditar e da realidade incontornável da vida, plena de visões, crenças, rituais tão diferentes e tão iguais, divergências que convergem, no fundo, para um mesmo fim. O tal fim que me motivava à sensação incrível de Presença, de Transcendência que ainda hoje não posso explicar, mas pouco me preocupa.

Por Mafalda Arnauth, in "Cartas a Deus", para um Natal mais solidário.

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