27 de novembro de 2006

Pinta o teu mundo e não deixes que ele perca a cor!

Quando olhamos para um iceberg, só conseguimos ver uma pequena porção, mas sabemos que a maior parte do seu volume permanece submersa.
Da mesma forma, quando entramos em contacto com as pessoas, experimentamos apenas somente uma face da sua personalidade, a totalidade permanece invisível.
Percepção é a capacidade de ver o que está além da forma, entender o sentimento que acompanha as palavras, captar a linguagem silenciosa do olhar.

Fernando Luís
Procura...
Procura compreender para além daquilo que sentes.
Procura compreender sempre o que te rodeia.
Porque é quando o céu está cinzento,
que te aconchegas na tua solidão.
No silêncio aconchegante do cobertor manso.
E é debaixo do sol caloroso,
que explodes em vida.
E que a vida explode em ti!
Sem esta dicotomia de que te vais construindo,
não saberias apreciar nenhum dos momentos.
Procura compreender a vida.
Mesmo quando sentes o cruel nada
furar a redoma que soubeste construir em ti.
Compreende-te a ti e ao outro... sempre.
Mesmo quando alguém te magoa ou te desilude.
Pois, se alguém te desiludiu, é porque te deixaste iludir.
Dá graças por esses momentos de ilusão.
Eles verificam a tua capacidade de sonhar,
Tenta... Apenas compreender!
E quando houver várias explicações plausíveis,
opta por aquela que te deixar o mundo colorido.
Porque aí reside a tua essência divina.
Em saber sonhar... antes e depois do momento
que te atira ao chão.
Aquele que por tanto lutaste para
que não te atingisse.
É por isso que sorris constantemente,
para não te deixares cair na redoma dilacerante da tristeza.
É por isso que tens que aprender a compreender.
Não explicar semanticamente... apenas sentir.
Sentir o mundo que freme à tua volta.
Constrói o teu mundo!
Tens o poder de o pintar nos tons que queres.
Faz da vida uma canção, composta por notas diferentes
que são a tua melodia. Tu és o compositor!
Vive, sente, edifica o teu sentimento.
Tenta perceber... que és composto pela incerteza.
E que nada à tua volta te confere ou retira a força de viver.
Tu és essa força, que um dia descobriste em ti.
Esse sopro de vida foi-te concedido por um qualquer
ente superior, a quem resolveram chamar Deus.
27.11.2006

26 de novembro de 2006

Por que Jesus Cristo é Rei?


Desde a antigüidade se chamou Rei a Jesus Cristo, em sentido metafórico, em razão ao supremo grau de excelência que possui e que lhe eleva entre todas as coisas criadas. Assim, diz-se que:
Reina nas inteligências dos homens porque Ele é a Verdade e porque os homens precisam beber Ele receber obedientemente a verdade;
Reina nas vontades dos homens, não só porque nEle a vontade humana está inteira e perfeitamente submetida à santa vontade divina, mas também porque com suas moções e inspirações influi em nossa livre vontade e a acende em nobres propósitos;
Reina nos corações dos homens porque, com sua elevada caridade e com sua mansidão e benignidade, faz-se amar pelas almas de maneira que jamais ninguém —entre todos os nascidos— foi nem será nunca tão amado como Cristo Jesus.
Entretanto, aprofundando no tema, é evidente que também em sentido próprio e estrito pertence a Jesus Cristo como homem o título e a potestade de Rei, já que do Pai recebeu a potestade, a honra e o reino; além disso, sendo Verbo de Deus, cuja substância é idêntica a do Pai, não pode ter pouco comum com ele o que é próprio da divindade e, portanto, possuir também como o Pai o mesmo império supremo e muito absoluto sobre todas as criaturas.
Agora bem, que Cristo é Rei o confirmam muitas passagens das Sagradas Escrituras e do Novo Testamento. Esta doutrina foi seguida pela Igreja –reino de Cristo sobre a terra- com o propósito celebrar e glorificar durante o ciclo anual da liturgia, a seu autor e fundador como a soberano Senhor e Rei dos reis.
No Antigo Testamento, por exemplo, adjudicam o título de rei a aquele que deverá nascer da estirpe do Jacó; que pelo Pai foi constituído Rei sobre o monte santo de Sião e receberá as pessoas em herança e em posse os limites da terra.
Além disso, prediz-se que seu reino não terá limites e estará enriquecido com os dons da justiça e da paz: "Florescerá em seus dias a justiça e a abundância de paz... E dominará de um mar a outro, e do um até o outro extremo do círculo da terra".
Por último, aquelas palavras de Zacarias onde prediz o "Rei manso que, subindo sobre uma burra e seu filhote", tinha que entrar em Jerusalém, como Justo e como Salvador, entre as aclamações das turfas, acaso não as viram realizadas e comprovadas os santos evangelistas?
No Novo Testamento, esta mesma doutrina sobre Cristo Rei se acha presente do momento da Anunciação do arcanjo Gabriel à Virgem, pelo qual ela foi advertida que daria a luz um menino a quem Deus tinha que dar o trono de Davi, e que reinaria eternamente na casa de Jacó, sem que seu reino tivesse fim jamais.
O próprio Cristo, logo, dará testemunho de sua realeza, pois ora em seu último discurso ao povo, ao falar do prêmio e das penas reservadas perpetuamente aos justos e aos maus; ora ao responder ao governador romano que publicamente lhe perguntava se era Rei; ora, finalmente, depois de sua ressurreição, ao encomendar aos apóstolos o encargo de ensinar e batizar a todas as pessoas, sempre e em toda ocasião oportuna se atribuiu o título de Rei e publicamente confirmou que é Rei, e solenemente declarou que lhe foi dado todo poder no céu e na terra.
Mas, além disso, que coisa haverá para nós mais doce e suave que o pensamento de que Cristo impera sobre nós, não só por direito de natureza, mas também por direito de conquista, adquirido a custo da redenção? Tomara que todos os homens, bastante esquecidos, recordassem quanto custamos ao nosso Salvador, já que com seu precioso sangue, como Cordeiro Imaculado e sem mancha, fomos redimidos do pecado. Não somos, pois, já nossos, posto que Cristo nos comprou por grande preço; até nossos próprios corpos são membros de Jesus Cristo. Tenham um Santo Dia.

A Festa do CRISTO REI


Com o objetivo de que os fiéis vivam estes inapreciáveis proveitos, era necessário que se propague o maximo possível o conhecimento da dignidade do Salvador, para o qual se instituiu a festividade própria e peculiar de Cristo Rei.
Desde o final do século XIX, a Igreja realizava os preparativos necessários para a instituição da festa, a qual foi finalmente designada para o último domingo do Ano Litúrgico, antes de começar o Advento.
Se Cristo Rei era honrado por todos os católicos do mundo, preveria as necessidades dos tempos presente, pondo remédio eficaz aos males que friccionam a sociedade humana, tais como a negação do Reino de Cristo; a negação do direito da Igreja baseado no direito do próprio Cristo; a impossibilidade de ensinar ao gênero humano, quer dizer, de dar leis e de dirigir os povos para conduzi-los à eterna felicidade.
Em um mundo onde prima a cultura da morte e a emergência de uma sociedade hedonista, a festividade anual de Cristo Rei anima uma doce esperança nos corações humanos, já que impulsiona à sociedade a voltar-se para Salvador. Preparar e acelerar esta volta com a ação e com a obra seria certamente dever dos católicos; mas muitos deles parecem que não têm na chamada convivência social nem o posto nem a autoridade que é indigna lhes faltem aos que levam diante de si a tocha da verdade.
Estas desvantagens possivelmente procedam da apatia e timidez dos bons, que se abstêm de lutar ou resistem fracamente; com o qual é força que os adversários da Igreja cobram maior temeridade e audácia. Mas se os fiéis todos compreendem que devem lutar com infatigável esforço sob a bandeira de Cristo Rei, então, inflamando-se no fogo do apostolado, se dedicarão a levar a Deus de novo os rebeldes e ignorantes, e trabalharão corajosos por manter incólumes os direitos do Senhor.


Espero que tenham todos um Santo Dia, e que JESUS reine cada vez mais no nosso coração e neste mundo onde cada vez mais, o rei é o dinheiro, o poder e a soberba.
"Amarás o Senhor teu Deus, e só a Ele prestarás culto" disse Jesus. Ele é o único Rei e Senhor.

24 de novembro de 2006

Simplificando o Amor...

Amar é "Viver"!

Falar do Amor é falar da dimensão do ser humano. Do modo como este pensa, actua, sente, identifica, projecta e vive. Falar de Amor é falar da própria Vida. Trata-se de uma temática cuja transversalidade de abordagens e idiossincrasias de perspectivas e atitudes justifica a sua dissecação em parâmetros que permita uma análise mais simplificada, mas não simplista.
Comecemos pelo par de opostos! O Amor é por natureza heróico, destemido e vivaz, entre outras, a realidade perfeita por oposição ao medo e isso verifica-se no desenvolvimento da mente e da moral humanas. O medo acorrenta-nos na escravidão das vistas curtas. Por vezes, cegas! Limita a entrega, a descentração e a acção. É causa e consequência da ignorância. Pelo medo matamos, discriminamos e involuimos; e a nossa história é disso prova. É, portanto, de fácil compreensão que o medo está nas antípodas do Amor e que sai totalmente da esfera da evolução. O Amor é, pelo contrário ao medo, fonte de segurança, de conhecimento, de respeito, de entrega, de paixão, de aventura, … e a lista não teria fim!
O Amor implica Liberdade! Penso que a aprendizagem deste parâmetro é das mais bonitas da Escola da Vida. Liberdade implica individualidade na interdependência. Isto é, requer a exigência de sermos, com respeito, maturidade e consciência, nós próprios no partilhar a vida com o outro, pelo que a assertividade é sine qua non desta variável.
A Liberdade é também o maior preditor da validade do Amor. A Liberdade é um pleno exercício da competência da descentração. Do colocar-se no lugar do outro e, com autenticidade, estudar o seu comportamento, a sua dedicação e a congruência, ou a ausência desta, entre o que diz sentir e o modo como o demonstra. Amar é isso mesmo – deixar livre o outro!
O constante dar sem a cobrança, o entregar-se sem as contrapartidas, o relacionar-se sem aprisionar. A Liberdade é um dos parâmetros mais importantes do Amor, porque na maioria das relações, sejam elas de amor erótico, fraternal ou patronal, aquele que mais vezes é violado! Dar Liberdade é essencial para garantir a nossa própria liberdade e, em última instância, a nossa identidade.
A comunicação é também uma das variáveis do Amor. O saber comunicar implica, não só saber expressar-se, mas também fazê-lo com respeito por nós e pelo outro, tanto nas palavras como na atitude e na integridade dos argumentos. Aprender a ouvir com a mesma disposição que reivindicamos, sobretudo aprender a sentir o outro, entre as suas palavras intermitentes. O saber comunicar é um acto de sapiência, de carácter e de valor.
A confiança é mais uma das pedras angulares essenciais para a sedimentação e constante renovação do amor. Se amamos, só é aceitável que se confie no outro. A meu ver, é uma condição cuja discussão não faz sentido.
Amar é uma constelação de muitos parâmetros, que de idílicos nada têm. Requerem apenas sinceridade nos actos e determinação no sentimento. Não existem receitas mágicas para amar melhor, amar é amar! É algo que tanto transcende o Homem como lhe é inerente. O amor tem ainda uma conotação pessoal, que deve evoluir, composta de intenções e valores. A disposição para os tornar realidade é que poderá variar em função da veracidade daquilo que dizemos sentir.
O amor, em termos comportamentais, é a base daquilo que somos hoje, como colectividade e como indivíduo. O Amor não tem barreiras, sejam elas culturais, religiosas, sexuais, institucionais e/ou sociais.
Amar é essencial e é a essência da vida.
28/10/06

22 de novembro de 2006

Vinde ver a minha casa

VINDE VER A MINHA CASA
VINDE VER ONDE MORO (Bis)

Pescadores do mar da Galileia
Publicanos das mesas dee cobrança
Todos foram convidados:
"Vem e segue-Me" Aquele que te fala.

VINDE VER A MINHA CASA
VINDE VER ONDE MORO (Bis)

A semente nem toda se perdeu
Parte dela caiu em boa terra
Germinou, cresceu, deu frutos
E a esperança sorriu de novo aos homens.

VINDE VER A MINHA CASA
VINDE VER ONDE MORO (Bis)

Carne sangue, linguagem muito dura
A multidão começou a debandar
E vós também vos quereis ir?
Onde iremos se só Tu nos sacias.

VINDE VER A MINHA CASA
VINDE VER ONDE MORO (Bis)

Fome, guerra, angústia e sofrimento
Neste mundo onde impera a opressão
Há um reino a construir
Ouve, amigo, a decisão é tua.

VINDE VER A MINHA CASA
VINDE VER ONDE MORO (Bis)

Cântico de Entrada na Adoração ao Santíssimo Sacramento na Peregrinação Franciscana ao Santuário de Fátima (dia 7 de Outubro de 2006)

21 de novembro de 2006

Aos visitantes do "Jesus de Nazaré"Blog

Olá. Como podem ver foi colocado um contador de visitantes do Blog. Fiquei muito feliz ao verificar que em apenas duas horas hove 40 visitas, o que significa que o trafego é elevado. Por outro lado fiquei um bocado triste ao verificar que muita gente visita e pouca gente comenta, o que me leva a pensar que poderão não estar a gostar do nosso trabalho. Por favor comentem e deixem as vossas críticas/sugestões ao nosso blog. Ajudem por favor.
Um forte abraço e que JESUS de NAZARÉ vos porteja.

Aprender a Rezar!

Eis o que conta de si mesmo um mestre oriental:
Na juventude eu era um revolucionário e rezava assim:
-Dai-me energia, ó Deus, para mudar o mundo!
Mas notei, ao chegar à meia-idade, que metade da vida já passara sem que eu tivesse mudado homem algum. Então mudei a minha oração, dizendo a Deus:
-Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que vivem comigo. Com isto eu já fico satisfeito.
Agora que sou velho e tenho os dias contados, percebo bem quanto fui tolo rezando assim.
A minha oração agora é apenas esta:
-Dai-me a graça, Senhor, de me mudar a mim mesmo.
Se eu tivesse rezado assim desde o princípio, não teria esbanjado a minha vida.

20 de novembro de 2006

Conheço um Coração

Conheço um Coração tão manso,
Humlide e sereno, Que louva o Pai por revelar
Seu nome aos pequenos,
Que tem o dom de amar
E sabe perdoar
E deu a Vida para nos salvar
JESUS, MANDA O TEU ESPÍRITO
PARA TRANSFORMAR O MEU CORAÇÃO (2X)
Ás vezes no meu peito
Bate um coração de pedra,
Magoado, frio, sem vida,
Aqui dentro ele me aperta.
Não quer saber de amar,
Nem sabe perdoar.
Quer tudo e não sabe partilhar.
JESUS, MANDA O TEU ESPÍRITO
PARA TRANSFORMAR MEU CORAÇÃO (2X)
Lava, purifica, e restaura-me de novo
Serás o nosso Deus e nós seremos o Teu povo
Derrama sobre nós a água do amor
O Espírito de Deus Nosso Senhor
JESUS, MANDA O TEU ESPÍRITO
PARA TRANSFORMAR O MEU CORAÇÃO (2X)
Música cantada na Adoração ao Santíssimo Sacramento na Peregrinação Franciscana em Fátima no dia 7 de Outubro de 2006 (23h)

19 de novembro de 2006

Aprender a Amar: tão simples.. mas tão difícil!

Se posso dizer a outrem, "Amo-te", devo ser capaz de dizer: "Amo-te em todos, através de ti amo o mundo, amo-me a mim mesmo em ti"

Erich Fromm in A Arte de Amar

Será por isto que dizemos tão poucas vezes que amamos alguém? Porque não conseguimos ver no outro aquilo que não vemos em nós próprios? Ou será por não encontrarmos pontos de simbiose com o outro? Por que será que, no caso do amor erótico, há quem espere e desespere pela pessoa adequada para dizer algo que é tão comummente banalizado? Será por não querer banalizar um sentimento tão sublime, ou pelo simples medo de transcender aquilo que realmente sentimos? Será por não querermos "enganar" o outro(a) ou porque temos medo de chegar ao fim dos dias tendo amado muitos(as), mas não tendo amado nenhum(a)?

Somos frequentemente fonte e destino de ideias como "É fácil beijar, difícil é sentir." ou "Há palavras que se dizem no silêncio de um olhar." ou ainda aquelas frases feitas que se aplicam a todas as áreas da vida: "Se não tentares, não saberás." ... Por quais destas ideias nos deixamos dominar? E porquê? E será que não resguardamos os nossos medos por trás de teorias falíveis que tentamos aceitar?


...................................................... Dava uma boa dissertação!..........................................................

À venda em qualquer livraria que se preze!


"...O amor é um cuidado activo pela vida e pelo crescimento daquilo que amamos (...) O cuidado e a preocupação apontam para outro aspecto do amor: o da responsabilidade (...) No amor entre dois adultos, a responsabilidade diz respeito sobretudo às necessidades psicológicas da outra pessoa (...) Amar alguém não é só um sentimento forte, é uma decisão, é uma sentença, é uma promessa. Se o amor fosse apenas um sentimento, não haveria fundamento para a promessa de se amar para sempre. Um sentimento surge e pode subitamente desaparecer..."
Erich Fromm, in A Teoria do Amor

17 de novembro de 2006

Hoje tô feliz!!!



Embora não hajam grandes motivos para isso!

15 de novembro de 2006

A Prece do Silêncio

PAI,
Que hoje eu possa saber fazer silêncio!
Que os mauspensamentos se calem
e que os meus ouvidos sejam surdos
para más palavra se maledicências.
Que os meus olhos possam apenas
ver o BEM em todas as coisas por
pior que elas pareçam.
Que o meu ego se emudeça e se afaste
dos julgamentos e condenações.
Que a minha alma se expanda e
tenha compaixão por todos os seres vivos.
Que em meu silêncio eu veja que há tempo
para fazer preces pelos que já foram.
Que eu consiga perceber cada recado Teu
através das Tuas criações.
Que eu compreenda que a Tua voz é a
única que me sopra a Verdade
nas 24 horas dos meus dias.
Que eu ouça em cada minúsculo ser
a grandeza da Tua obra.
Que eu perceba nessa Grandeza
o quanto és desprovido
de orgulho.
PAI,
que hoje eu possa saber fazer silêncio.
Que eu saiba calar na hora exacta,
e nessa hora lembrar-me de observar
que na música da Vida só prevalece a
Tua arte...
... e que no meio dequalquer som
Tu soarás sempre mais alto
e jamais hás-de calar-Te

(Silvia Schmidt)

Embriaga-te em Deus!


Embriaga-te!
Deves andar sempre bêbado.
É a única solução.
Para não desapareceres
sob o tremendo fardo do tempo que te pesa sobre os ombros
e te verga ao encontro da terra,deves embriagar-te sem cessar.
Com vinho, com poesia, ou com DEUS!
Escolhe tu, mas embriaga-te…
E se, alguma vez,nos degraus de uma escada,
sobre as ervas verdes de um campo,
na solidão morna do teu quarto,
tu acordares com a embriaguez atenuada
e te sentires quase tão sóbrio como todos os sóbrios,
então, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave,
pergunta a tudo o que passou,a tudo o que murmura,
a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala;
pergunta-lhe que horas são…
E se escutares com atenção,
se encostares o ouvido ao lado de dentro de tudo o que faz barulho,
tudo te responderá:
- “São horas de te embriagares.
Para não seres como os escravos martirizados
do tempo e das existências sem sentido,
embriaga-te sem descanso.
Com vinho, com poesia, ou com DEUS!
Escolhe tu, mas embriaga-te…"
Baudelaire (adaptado)

11 de novembro de 2006

Dia de S.Martinho

Num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante e gelada. S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol deslumbrante inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso.

E é verdade, depois de uma semana horrorosa teve sol! E houve amigos!!! E houve amizades a formarem-se e outras a reforçarem-se... E depois de uma semana sentada a ouvir professores chatos, houve exercício físico! E houve ataques de parvoíce! Chegamos a tempo de comer duas castanhas! E houve a vontade de repetir... ;D E há amigos, pessoas que nos fazem sentir que a vida vale a pena ;)) E que há muito mais para viver.. de preferência convosco!

Para mais informações acerca de S. Martinho, visitem: http://www.leme.pt/biografias/m/martinho.html

9 de novembro de 2006

Há pequenos nadas.. que se tornam tudo! Pense nisto*


"Um agricultor ganhava, ano após ano, o troféu: Milho do Ano. Um repórter descobriu que o fazendeiro compartilhava boa parte das melhores sementes da sua plantação de milho com os seus vizinhos:
- Como pode o senhor compartilhar as suas melhores sementes com os seus vizinhos, quando eles estão a competir directamente com o senhor?
O fazendeiro respondeu:

- O vento apanha o pólen do milho maduro e o leva de campo para campo. Se eu quiser cultivar milho bom, eu tenho que ajudá-los a cultivar o melhor milho, cedendo-lhes as melhores sementes.
Aqueles que escolhem ser felizes devem fazer com que seus vizinhos também sejam felizes. Tudo nesta vida é interligado. Um mundo melhor começa quando distribuimos o que temos de melhor. "


Conto Budista
Pequenos gestos do dia a dia.
Gestos que se enraizam em nós.
Porque é ao dar felicidade, que se recebe.
Dedicar algum tempo àqueles que precisam de nós,
em vez de olharmos para os nossos umbigos...
Talvez, quando voltemos a olhar para o nosso umbigo,
ele se tenha tornado mais belo!
Estar atento às necessidades dos que nos rodeiam...
Áqueles que buscam o nosso ombro e aos que não sabem pedir ajuda..
Aos que fazem parte das nossas vidas e àqueles que se cruzam connosco.
Aos que precisam de nós embora não saibam ou ainda não tenham percebido.
Porque não há ninguém que seja capaz de recusar amor!
Há pequenos nadas, pequenas atitudes que fazem os outros
mais felizes. São, apenas, pequenas sementes.
Crescem.. E podem vir a criar grandes raízes.
Sementes da alma. Geram sentimentos essenciais à vida.

Sementes de felicidade! Porque há pequenos nadas que são tudo!

6 de novembro de 2006

Sempre outro, mas sempre o mesmo!


Tu tens um medo: Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo o dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.


Cecília Meireles

1 de novembro de 2006

Dia de Fiéis Defuntos

O dia dos fiéis defuntos, dia dos mortos ou dia de finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de Novembro, logo a seguir ao dia de Todos-os-Santos. A Tradição da Igreja sempre exortou a seus fiéis para que possam, neste dia especialmente, estar venerando a memória de seus entes queridos já falecidos. Neste sentido, para a doutrina católica é fundamental a idéia de comunhão que deve haver entre os membros do Corpo Místico de Cristo, isto é, todos os fiéis cristãos acreditam que estão em comunhão com o Cristo ressuscitado e que a vivência desta comunhão expressa a todas as pessoas, a presença viva e atraente de Jesus Cristo. Esta comunhão envolve e abraça a todos os cristãos, vivos e defuntos. Isto porque, Cristo ressuscitado desvenda ao ser humano o seu destino final. A morte não tem a última palavra. Para os cristãos católicos romanos, a fé é uma resposta à ansiedade diante do mistério da morte. Neste dia muitos fiéis costumam visitar os cemitérios para rezar e venerar a memória daqueles que já partiram. O sentimento de saudade é inevitável. Contudo, os cristãos procuram testemunhar uma esperança confiante, apesar do sofrimento gerado pela separação de seus entes queridos. Finalmente, eis a grande esperança celebrada no dia de finados: Que os falecidos já tenham encontrado a vida verdadeira junto de Deus. Enquanto não chega a hora do reencontro, somos capazes de estar em comunhão com os falecidos estando em comunhão com Cristo.

Solenidade do Dia de Todos os Santos

História

O dia de Todos-os-Santos foi instituído com o objetivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/eparquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Baptista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na missa).

Solenidade do Dia de Todos os Santos (parte 2)

Intenção catequética da festividade

Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente vêem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do Vaticano.
Nesta celebração, o povo católico é conduzido à contemplação do que, por exemplo, dizia o Cardeal John Henry Newman (Venerável ainda não canonizado): não somos simplesmente pessoas imperfeitas em necessidade de melhoramentos, mas sim rebeldes pecadores que devem render-se, aceitando a vida com Deus, e realizar isso é a santidade aos olhos de Deus.

Solenidade do Dia de Todos os Santos (parte 3)

Citações do Catecismo da Igreja Católica

957. A comunhão com os santos. «Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus».

«A Cristo, nós O adoramos, porque Ele é o Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos como a discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua devoção incomparável para com o seu Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus companheiros e condiscípulos!».

Martyrum sancti Polycarpi 17, 3: SC 10bis, 232 (FUNK 1, 336).

1173. Quando a Igreja, no ciclo anual, faz memória dos mártires e dos outros santos, «proclama o mistério pascal» realizado naqueles homens e mulheres que «sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de Deus».
2013. «Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade». Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):
«Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos»

Dia de Todos os Santos

1° de novembro

Ao comemorar a memória de todos os santos, a Igreja hoje diz: “Alegremo-nos no Senhor ao celebrar esta festa em honra a todos os santos, em cuja solenidade se alegram os anjos e louvam com eles o Filho de Deus”.
Essa celebração teve origem no Oriente no século IV. Várias foram as razões para realizar essa festa: resgatar a lembrança daqueles cujos nomes foram omitidos por falta de documentos e que somente são conhecidos por Deus; alcançar, por sua intercessão, as graças de que necessitamos e ter sempre presentes esses modelos de conduta, a fim de imitá-los.
Com sua pureza e elevação moral, os santos realizam no mundo o ideal divino; eles, em seu conjunto, formam a porção mais seleta da família de Deus e do reino de Cristo.

Ó Senhor Deus,

Vós nos revelastes que somente são felizes aqueles que têm a alma de pobre; os humildes; os que buscam a paz e os que trabalham pela justiça. Fazei que imitemos a virtude alcançada por esses irmãos e irmãs hoje celebrados pela Santa Igreja.
Amém. Santos e Santas de Deus, rogai por nós.
 

Jesus de Nazaré © 2008. Design By: SkinCorner