29 de outubro de 2006

Somos sonho!


Pelo sonho é que vamos
Comovidos e mudos
Chegamos? Não chegamos
Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
Ao que desconhecemos
E ao que é do dia a dia.

Chegamos? Não chegamos?

Partimos. Vamos. Somos!

Sebastião da Gama

28 de outubro de 2006

O sonho sustenta a vida!

Estou aqui devido a um erro — não nesta cadeia especificamente — mas em todo este mundo terrível, às riscas; um mundo que parece não um mau exemplo de amadorismo, mas que é, na realidade, horror, calamidade, loucura, erro, e vede, o achado raro, intrigante, mata o turista, o gigantesco urso esculpido abate o seu martelo de madeira sobre mim. E no entanto, desde a mais tenra infância, tive sonhos... Nos meus sonhos, o mundo tinha nobreza, espiritualidade; as pessoas que em estado de vigília tanto temia nele apareciam numa refracção fremente, como se estivessem embebidas, envoltas nessa vibração de luz que em tempo de calor confere vida aos próprios contornos dos objectos; as suas vozes, os seus passos, as expressões dos seus olhos e mesmo das suas roupas adquiriam um significado comovente; em termos mais simples, nos meus sonhos o mundo ganhava vida, tornando-se tão captivantemente majestático, livre e etéreo que depois era opressivo respirar a poeira dessa vida decalcada. Mas também há muito que me afiz à ideia de que aquilo a que chamamos sonhos é uma semi-realidade, uma promessa de realidade, um vislumbre e um bafo, ou seja, os sonhos contêm, num estado diluído, muito vago, mais realidade genuína do que o nosso decantado estado de vigília que, por sua vez, é um semi-sono, uma modorra maligna na qual penetram, grotescamente deformados, os sons e as imagens do mundo real, fluindo para lá dos limites da consciência, como quando se ouve durante o sono um conto horrorosamente insidioso porque o ramo duma árvore está a arranhar uma vidraça, ou nos vemos a afundar-nos na neve porque o lençol está a escorregar. Mas como receio acordar!

Vladimir Nabokov, in Convite para uma Decapitação

27 de outubro de 2006

Festas em Honra de Santa Iria


Olá. Gostaria de informar e convidar todos os visitantes do Blog a visitarem a aldeia de Santa Iria (Serpa), neste fim de semana em que se realizam as Festas em Honra de Santa Iria.

Principais destaques:

Sábado (28/10): 21h- Procissão de velas em Honra de Santa Iria

Domingo (29/10): 15h- Eucaristia seguida de Procissão em Honra de Santa Iria

(Para quem visitar Santa Iria neste fim-de-semana e não me conhecer, eu sou o acólito nas procissões e Eucaristia) :P

Apareçam

Um forte abraço e que SANTA IRIA vos proteja

Problema resolvido

Olá visitantes. Parece que houve um pequeno problema no Blog mas que parece ja estar resolvido. Pedimos imensa desculpa pelos dias em que não estivemos no ar.

QUE JESUS DE NAZARÉ VOS PROTEJA

24 de outubro de 2006

Be Happy! =)*

Conta-se que, no século passado, um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egipto, com o objectivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreendido ao ver que este morava num quartinho muito simples e cheio de livros. As únicas peças de mobiliário eram uma cama, uma mesa e um banco.
* Onde estão os seus móveis? - perguntou o turista.
E o sábio, rapidamente, perguntou também:
* E onde estão os seus...?
* Os meus?! - surpreendeu-se o turista - Mas eu estou aqui apenas de passagem!!!!!
* Eu também... - concluiu o sábio.

A vida é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como se fossem ficar aqui eternamente e esquecem-se de ser felizes.

22 de outubro de 2006

Uma carta para ti

Como estás? Escrevo-te esta carta porque quero dizer-te quanto me preocupo contigo e quão grande é o meu desejo de ajudar-te.
Vi-te ontem co m teus amigos e pensei que talvez quisesses falar-me também a mim.
Esperei todo o dia. Ao entardecer, dei-te um lindo pôr-do-sol para terminar teu dia e uma brisa fresca para teu descanso depois de um dia cansativo e esperei...
Nunca vieste.
Sim, claro doeu-me muito, mas ainda assim te amo e quero ser teu amigo.
Vi-te dormir ontem à noite e quis tocar tua fronte.
Enviei raios de lua que cobriram teu travesseiro e teu rosto para ver se despertavas para falar comigo, mas não! Continuavas em teu sono.
Tenho tantos dons para dar-te. Pouco depois era tarde e fostes apressadamente trabalhar.
Minhas lágrimas misturaram-se a água que caía.
Hoje vejo-te triste, preocupado, só, tão só! Meu coração compreende: meus amigos também me abandonaram e me magoaram, mas eu te amo.
Oh, se ao menos escutasses...

Eu amo-te!
Procuro dizer-te por meio do céu azul e dos verdes campos.
Falo-te ao ouvido através das folhas das árvores e do odor das flores.
Grito nos riachos entre as montanhas.
Dou aos pássaros canto de amor para ti.
Visto-te com o calor do Sol e perfumo para ti o ar com o aroma da natureza.
Meu amor por ti é mais profundo do que o mar, porém maior é meu desejo de falar e caminhar contigo.
Eu sei o quão duro é viver nesta terra.
Realmente o sei e desejo ajudar-te se me deixares somente demonstrá-lo.

Quisera que conhecesses o meu Pai.
Ele deseja ajudar-te também.

Meu Pai é assim.
Logo tu o conhecerás e o amarás tanto quanto a mim.
Chama-me qualquer hora do dia ou da noite, pois eu nunca durmo e sempre te responderei.

Amo-te sejas solteiro, casado, divorciado...
Sejas bom ou mau, eu amo-te.
Pede-me o que queiras, que se for para teu benefício eu te darei.
Fala comigo e desabafa tuas angústias e ansiedades que eu sempre tenho tempo para ti.
Por favor, não esqueças de mim, tenho tanto o que compartilhar contigo...
Quero dar-te tantas coisas.
Já não te incomodarei mais. Sei que tens muito que fazer.
Perdoa-me que te tenha tomado tanto tempo, mas não podia esperar mais sem deixar-te saber que te amo e te espero.

Teu amigo fiel
Jesus de Nazaré

Ninguém chega até nós por acaso!

Se alguém te procurar...
Com frio... É porque tens o cobertor.
Com alegria... É porque tens o sorriso.
Com lágrimas... É porque tens o lenço.
Com versos... É porque tens a música.
Com dor… É porque tens o curativo.
Com palavras... É porque tens a audição.
Com fome... É porque tens o alimento.
Com beijos... É porque tens o mel.
Com dúvidas... É porque tens o caminho.
Com orquestras... É porque tens a festa.
Com desânimo... É porque tens o estímulo.
Com fantasias... É porque tens a realidade.
Com desespero... É porque tens a Serenidade.
Com entusiasmo... É porque tens o brilho.
Com segredos... É porque tens a cumplicidade.
Com tumulto... É porque tens a calma.
Com confiança... É porque tens a força.
Com medo... É porque tens o AMOR!!!!
Ninguém chega até NÓS por acaso.

19 de outubro de 2006


Senhor, Vós me perscrutais e conheceis. Vós sabeis quando me sento e me levanto, conheceis à distância o meu próprio pensar. Quer caminhe, quer repouse, Vós o sabeis; estais atento a todos os meus passos. Ainda a palavra não chegou à boca, já a conheceis plenamente. Estais à minha frente e atrás de mim, sobre mim repousa a Vossa mão. Grande demais é essa ciência para o meu alcance, tão alta que não posso atingi-la. Como poderei ausentar-me do Vosso espírito e como fugir à Vossa presença? Se subir aos céus lá Vos encontro, se descer aos infernos, igualmente. Mesmo que me aposse das asas da aurora, e for morar nos confins do mar, mesmo aí a Vossa mão me conduz e a Vossa direita me segura.

Gerard Manley Hopkins

18 de outubro de 2006

Pense nisto...

«Um dia vais ver que não valeu a pena tanta correria, para ganhar dinheiro e não o usufruir.Vais ver que o tempo passou e o cansaço tomou conta do teu corpo.Vais ver que, mesmo rodeado de muita gente, te sentes só. Um dia vais-te recolher no teu quarto e ter vontade de abraçar o travesseiro, porque não sobrou ninguém para abraçar. Vais ver que, entrando numa roda-viva, não és mais dono do tempo que dizem que é teu e que não podes cedê-lo a qualquer um.Vais ver que o carro já está se tornando um problema, e não um conforto. O telefone é chato, a gravata incomoda... Por mais que tentes te livrar de tudo, és um escravo, e ainda assim, invejado por muitos. Vais ver que não valeram a pena os anos sem férias, sem descanso. Vais ver que não tens mais ilusões e a esperança anda com vontade de dormir... Um dia vais ver que passaste pela vida sem viver. Frequentaste o mundo sem saber porquê. Rodaste, rodaste, rodaste e não saíste do lugar.Pensaste que foste, mas ficaste. Tiveste tudo e não sentiste nada. Um dia verás que o tempo escoa tão rápido como a areia fina pelos teus dedos. Vais ver que resta parar e gritar: "Chega!". Vais ver que é hora de sorrir, de amar, de ser feliz, de dar a mão ao próximo. Antes que seja tarde demais para isso, disponibiliza tempo para ti e para os outros. Os outros são as pessoas a quem queres bem e aquelas que te querem bem. Não vale a pena ter dinheiro, sucesso, riquezas se não tiveres pessoas para compartilhar as tuas alegrias. Dá valor e respeita as coisas mais queridas, aquelas do teu coração. Apega-te a elas como à própria vida, porque sem elas, a vida carece de sentido. Enfim, vive um dia de cada vez, e viverás todos os dias da tua vida.»

(autor desconhecido)

17 de outubro de 2006

É possível viver sem fingir que se vive!

É possível falar sem um nó na garganta.
É possível amar sem que venham proibir.
É possível correr sem que seja a fugir.
Se tens vontade de cantar não tenhas medo: canta!
É possível andar sem olhar para o chão.
É possível viver sem que seja de rastos.
Os teus olhos nasceram para olhar os Astros.
Se te apetece dizer não, grita comigo: Não!
É possível viver de outro modo (...).
É possível viver o Amor (...).
É possível viver de pé.
Não te deixes murchar.
Não deixes que te domem.
É possível viver sem fingir que se vive.
É possível ser Homem.
É possível ser livre, livre, livre.

Manuel Alegre

16 de outubro de 2006

Peregrinação Franciscana

Olá visitantes do blog. Há vários dias que estou a preparar o post sobre a XXXIV Peregrinação da Família Franciscana a Fátima. Mas os últimos dias têem-se mostrado muito difíceis na minha vida. Mas esta fase irá passar. Espero que compreendam. A publicação será brevemente.
Um forte abraço em Cristo para todos
IVO ROSA

15 de outubro de 2006

14 de outubro de 2006

=)*

Ser escuteiro é:

buscar o contacto com a natureza e apelar para a sua protecção.
é saber construir pontes sobre os rios e pontes entre as pessoas.
é aprender a dar vários nós, mas sobretudo, dá-los entre as pessoas.
é saber fazer construções que resistem a toda a actividade, ficar com as mãos feridas do cisal e, no final, desmanchá-las.
é superarmo-nos a nós mesmos, com a ajuda do grupo.
é ter e ser alguém dentro da equipa que recebe e dá confiança e apoio físico para se ultrapassarem os obstáculos da caminhada.

é irmos no meio da rua e darmos connosco a cantarolar músicas tontas.
é progresso pessoal, tornarmo-nos aquele que, falte quanto faltar, diz aos seus elementos que está quase.
é cantar independentemente do tom de voz, no conjunto cria-se uma bela melodia.
é chegarmos a casa e os pais quase que dizerem para nos despirmos à porta.
é andar constantemente a chatear os vizinhos e familiares para nos comprarem tudo aquilo que nos lembramos de vender.
é resolver passar o dia com a equipa a fazer vendas em todos os prédios sem elevador.
é metermo-nos em atalhos e perdermo-nos ou chegar ao mesmo tempo que os outros, cheios de arranhões (esta só acontece uma vez).
é escalar rochas para ir para o caminho onde deveríamos estar (qual dar a volta, qual quê, o escuta desenrasca-se!).
é sempre que se vai em actividade alguém dar uma valente queda, a grande maioria das vezes nos locais de menor perigo.
é adormecermos no meio de estradas secundárias, em localizações desertas, às cinco da manhã, a dormir na barriga de alguém e acordar com uma dor na nossa barriga.
é andar muito, muito, muito e sempre chegar ao destino final, ao encontro com o resto do grupo.

é agradecer no final de cada actividade pelos bons momentos.
é fazer actividades radicais e, surpreendentemente, custar muito menos do que pensámos.
é levar massagens no final de muitos quilómetros com malas de 20 kgs.

é rir de alguém que não levou calçado adequado ou sermos nós o desgraçado que durante uns dias anda com os pés cheios de bolhas.
é um elemento torcer um pé e termos que levar tanto peso como o do nosso próprio corpo, por causa das duas malas extra, a do elemento que torce o pé e a de que o leva até arranjarmos ajuda.
é sermos criticados por sermos mais pequenos e, no final, quem mais nos critica ter que em variadas condições pegar-nos para dexer um obstáculo em que a altura é outro obstáculo.
é o maior elemento da equipa ser o que gosta de dormir mais à larga.
é ter feito uma promessa de auxiliar os nossos semelhantes e cumpri-la automaticamente.
é, volta e meia, calhar-nos lavar o panelão que alguém, muito prestavelmente, queimou.
é fazer diariamente uma boa acção.
é viver em oração.
é um ideal, um modo de vida.
é gritar ao mundo que estamos vivos e felizes.
é ter um pedacinho de Deus dentro de nós.
é ficar feliz pela primeira insígnia conquistada e, algum tempo mais tarde, contemplar aquela grande cicatriz.
é ter um chefe que ora se baba pelos seus elementos ora se irrita.
é ser um jovem criativo, que coordena competências e habilidades com outros jovens.
é ter um projecto de vida e um plano de actividade.
é a auto-formação de Homens e Mulheres.
é a ausência de discriminação sexual.
é brigar com a pessoa que cozinha por causa das panelas.
é desenvolver tudo o que temos de bom em nós e pô-lo ao proveito do grupo.
é um crescimento e uma corrida de pés atados.
é tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos.

é saber relacionar-se com os outros e ter milhões de irmãos pelo mundo fora!

É, sobretudo, aprender a ver a vida de um modo optimista e conseguir contagiar toda uma equipa desesperada. É anos mais tarde continuarmos a falar dos eventos ocorridos em determinadas actividades.



"Um Escuteiro é um jovem que eleva três dedos para Deus, e perante Ele e os seus pares e familiares, promete fazer o melhor que sabe para auxiliar os seus semelhantes e desempenhar os seus deveres."
“O Escutismo é um movimento cuja finalidade é educar a próxima geração como cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa intenção é formar Homens e Mulheres que saibam decidir por si próprios, possuidores de três dons fundamentais: Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço.”
(desculpem o testamento mas, como podem ver, é algo de difícil descrição :P)

13 de outubro de 2006

12 de outubro de 2006

Amando te encontrarei, e encontrando-te, amarei!


Senhor, se nao estás aqui, onde te posso encontrar?
Se estás escondido, como descubro a tua presença?
É certo que moras numa claridade inacessível.
Mas, onde posso encontrar essa inacessível claridade?
Quem me levará até ali para que te possa ver?
E logo, com que sinais te posso encontrar?
Nunca te vi, Senhor, Deus meu; não conheço a tua cara…
Ensina-me a encontrar-te e mostra-te a quem te procura
porque nao posso ir à tua procura a menos que tu me ensines,
e nao posso encontrar-te se tu não te mostrares.
Desejando te encontrarei, encontrar-te-ei desejando,
amando te encontrarei, e encontrando-te, amarei.
[Santo Anselmo]

11 de outubro de 2006

Viver Como as Flores

- Mestre, como faço para não me aborrecer? Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Não gosto das mentirosas, das cínicas nem das egoístas.
- Pois viva como as flores! - advertiu o mestre.
- Como é viver como as flores? - perguntou o discípulo.
- Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando os lírios que cresciam no jardim. Apesar de nascerem no esterco, são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo o que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimentos. Exercitar, pois, a virtude é rejeitar todo o mal que vem de fora.
- Isso é viver como as flores!

10 de outubro de 2006

Porque há que ter tempo para parar...


Que vale esta vida, se, de tanto cuidar,
Não tivermos tempo para parar a olhar?
Sem tempo para ficar à sombra dos ramais
Parados a olhar, tal como os animais.
Sem tempo para ver, quando pelos bosques passar,
Onde na erva os esquilos suas nozes vão guardar.
Sem tempo para ver, com o sol a brilhar,
Rios cheios de estrelas, qual céu à noite a cintilar.
Sem tempo para o rosto da beleza contemplar
E observar os seus pés quando está a dançar.
Sem tempo para esperar até a sua boca poder
O sorriso dos teus olhos finalmente enriquecer.

Que pobre vida esta, se, de tanto cuidar
Não tivermos tempo para parar a olhar.

(W. Davies)

8 de outubro de 2006

Simplesmente


Faz-me, Senhor, querer o que Tu queres.
E nada mais. Amar o que Tu amas
E crescer em Ti, se cresces
E morrer abundante de vida.

Faz-me, Senhor, gratuito como o Sol
E livre de tudo e preso a nada.
E construído pela ternura do teu sopro
E dado ao amor. Simplesmente.


(João Ribeiro)

7 de outubro de 2006


“Sem oração não pode haver consciência da própria fraqueza. A oração é a chave que abre a porta da manhã e fecha a porta da noite. Só de Deus, por meio da oração, vem toda a nossa força.
Rezar não é pedir. Rezar é a respiração da alma. Encontrei gente que inveja a minha paz. Esta paz vem-me da oração. Não sou um homem de cultura, mas penso, humildemente, ser um homem de oração.
A oração salvou-me a vida. Sem ela, eu estaria louco há muito tempo. Se consegui libertar-me do desespero foi graças à oração.
A oração não foi parte da minha vida, como o foi a verdade. A oração desabrochou simplesmente da necessidade, quando me encontrava em situações nas quais não poderia absolutamente ser feliz, sem ela. Com o passar do tempo, a minha fé em Deus aumentou e o desejo de rezar tornou-se irresistível.
Para viver no meio dos homens, é necessário uma força eficaz, absoluta: a da oração. O corpo humano pode viver temporariamente, sem alimentos. A alma, sem oração, morre. O jejum da oração não existe. Rezar é estar com Deus.”

M. Gandhi

6 de outubro de 2006

Peregrinação Franciscana ao Santuário de Fátima

Nos próximos dias 7 e 8 de Outubro realizar-se-á a Peregrinação Franciscana ao Santuário de Fátima. Eu, em conjunto com os Jovens Shemá', os Iramãozinhos de S. Francisco de Assis e os Compnheiros do Santíssimo Sacramento estaremos lá. Depois será aqui feita uma publicação especial sobre esta Peregrinação.
Apareçam em Fátima.

5 de outubro de 2006

4 de Outubro - Celebração do Dia de S. Francisco de Assis

PAZ E BEM
Olá visitantes do blog. Ontém foi comemorado o dia de S. Francisco de Assis. Não tive oportunidade de fazer a publicação a Ele dedicada.
Agradeço muito aos Irmãozinhos de São Francisco de Assis (FISFA) de Beja pelo texto sobre a vida do Santo que a seguir será publicada. Um forte abraço para eles.

No dia 4 de outubro celebramos São Francisco de Assis, que nasceu na cidade de Assis, na Itália, em 1181 (ou 1182). Filho de um rico comerciante de tecidos, Francisco tirou todos os proveitos de sua condição social vivendo entre os amigos boêmios.
Tentou, como o pai, seguir a carreira de comerciante, mas a tentativa foi em vão.
Sonhou então, com as honras militares. Aos vinte anos alistou-se no exército de Gualtieri de Brienne que combatia pelo papa, mas em Spoleto teve um sonho revelador: Foi convidado a trabalhar para "o Patrão e não para o servo".
Suas revelações não parariam por aí. Em Assis, o santo dedicou-se ao serviço de doentes e pobres. Um dia do outono de 1205, enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: "Francisco, restaura minha casa decadente".
O chamado, ainda pouco claro para São Francisco, foi tomado no sentido literal e o santo vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai de São Francisco, indignado com o ocorrido, deserdou-o.
Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, São Francisco deu início à sua vida religiosa, "unindo-se à Irmã Pobreza".
A Ordem dos Frades Menores teve início com a autorização do papa Inocêncio III e Francisco e onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade.
O trabalho foi tão bem realizado que, por toda Itália, os irmãos chamavam o povo à fé e à penitência. A sede da Ordem, localizada na capela de Porciúncula de Santa Maria dos Anjos, próxima a Assis, estava superlotada de candidatos ao sacerdócio. Para suprir a necessidade do espaço, foi aberto outro convento em Bolonha.
Um fato interessante entre os pregadores itinerantes foi que poucos, dentre eles, tomaram as ordens sacras. São Francisco de Assis, por exemplo, nunca foi sacerdote.
Em 1212, São Francisco fundou com sua fiel amiga Santa Clara, a Ordem das Damas Pobres ou Clarissas. Já em 1217, o movimento franciscano começou a se desenvolver como uma ordem religiosa. E como já havia ocorrido anteriormente, o número de membros era tão grande que foi necessária a criação de províncias que se encaminharam por toda a Itália e para fora dela, chegando inclusive à Inglaterra.
Sua devoção a Deus não se resumiria em sacrifícios, mas também em dores e chagas. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, no fenômeno denominado "estigmatização".
Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram sua grande fonte de fraqueza física e, dois anos após o fenômeno, São Francisco de Assis foi chamado ao Reino dos Céus.
Autor do Cântico do Irmão Sol, considerado um poeta e amante da natureza, São Francisco foi canonizado dois anos após sua morte.
Em 1939, o papa Pio XII tributou um reconhecimento oficial ao "mais italiano dos santos e mais santo dos italianos", proclamando-o padroeiro da Itália.


FISFA Beja

4 de outubro de 2006

Sermão das Aves

Certo dia, Francisco saiu para uma missão. Entre Cannara e Bevagna, num local silvestre, onde havia um pequeno descampado e ao redor muitas árvores de todas as espécies. Em cima das árvores, voando em revoadas e espalhadas pelo chão no descampado, muitas aves, que cantavam e se confraternizavam com grande alarido. O Santo falou a seus discípulos: "Esperem um momento, vou pregar às nossas irmãzinhas aves!" Entrou no campo indo de encontro às aves que estavam no chão. E mal começou a pregar, as que estavam nas árvores desceram. Nenhuma se mexia, embora andando ele passasse perto e mesmo chegasse a roçar nelas com a extremidade de sua veste! E dizia às aves:
"Minhas irmãzinhas aves, vocês devem muito a DEUS, o CRIADOR, e por isso, em todo lugar que estiverem devem louva-LO, porque ELE lhes permitiu que voassem para onde quisessem, livremente, da mesma forma que devem agradecer o alimento que ELE lhes dá, sem que para isso tenham que trabalhar; agradeçam ainda a bela voz que o SENHOR lhes proporciona, que lhes permitem realizar lindas entonações! Vejam, minhas queridas irmãzinhas, vocês não semeiam e não ceifam. É DEUS quem lhes apascenta, quem lhes dá os rios e as fontes, para saciar a sede; quem lhes dá os montes e os vales, para o seu refúgio e lazer, assim como lhes dá as árvores altas, para fazerem os ninhos. Embora não saibam fiar e nem coser, DEUS lhes concede admiráveis vestimentas para todas vocês e seus filhos, porque ELE lhes ama muito e quer o bem estar de vocês. Por isso, minhas irmãzinhas, não sejam ingratas, procurem sempre se esforçarem em louvar a DEUS."
Acabando de dizer-lhes estas palavras, todas as aves num gesto quase uniforme, começaram a abrir os bicos e esticar os pescoços, à medida que abriam as asas e inclinavam reverentemente a cabeça até a terra, cantando, demonstrando assim que Francisco lhes havia proporcionado uma grande satisfação!
Finalmente, São Francisco lhes fez o Sinal da Cruz e deu-lhes licença de se retirarem. Então, todas aquelas aves se levantaram no ar com um maravilhoso canto, e logo se dividiram em revoadas e desapareceram atrás das colinas e das matas.
Conta-se que, dias depois, o Santo foi em companhia de Frei Massau a um lugarejo chamado Alviano, entre Orte e Orvieto. Pararam na praça do Mercado e como sempre, cantaram uma melodia com versos que convidavam a conversão do coração, com a finalidade de reunir o povo. Depois começou a pregar. Entardecia. As andorinhas que ainda hoje fazem ninho nos altos muros e nas torres das construções, voavam de um lado para outro em ciclo contínuo, cantando forte e de modo quase uníssono. Os habitantes do lugarejo que se comprimiam ao redor para ouvir a palavra dele, não estavam conseguindo entender quase nada, porque o barulho das andorinhas era muito intenso. Então, Francisco com a maior tranqüilidade, olhou para elas e com muita doçura disse:
"Irmãs andorinhas, parece-me que agora é minha vez de falar. Já cantaram e falaram bastante! Escutem, pois, a palavra de DEUS e fiquem silenciosas enquanto eu falo!"
Elas pararam e fizeram um grande silêncio, por todo o tempo que ele falou.

3 de outubro de 2006

Glorioso S. Francisco

Glorioso São Francisco,
Santo da simplicidade, do amor e da alegria.
No céu contemplais as perfeições infinitas de Deus.
Lançai sobre nós o vosso olhar cheio de bondade.
Socorrei-nos em nossas necessidades espirituais e corporais.
Rogai ao nosso Pai e Criador que nos conceda as graças que pedimos por
vossa intercessão,
vós que sempre fostes tão amigo dele.
E inflamai o nosso coração de amor sempre maior
a Deus e aos nossos irmãos, principalmente os mais necessitados.
São Francisco de Assis, rogai por nós.

Amém.

Senhor, cativa-me!


Senhor, se Te agrada, cativa-me.
Se Tu me cativas a minha vida ficará cheia de sol.
Encontrei um sentido para a vida, que será diferente de todas as outras que imaginei até agora.
Ensina-me que sou para Ti único no mundo.
Ensina-me que temos necessidade um do outro.
Porque, da minha parte, tenho imensa necessidade de Ti, e, da tua parte, tu queres ter necessidade de mim.
Ensina-me que não se vê bem senão com o coração e que o essencial és Tu.
Para que eu não perca a paciência neste trabalho de cativar, repete-me muitas vezes que o tempo que perco à procura do Teu rosto e do Teu amor é aquilo que fará a minha descoberta importante.
E porque é tão maravilhoso deixar-me cativar por Ti, não quero guardar esta alegria apenas para mim. Quero partilhá-la com os outros; quero cativar os outros.
Sei que a minha responsabilidade crescerá, e isso far-me-á por vezes sofrer, porque se é responsável para sempre por aqueles que cativámos. Mas não faz mal, Senhor.
Tu estás comigo no interior de todos os seres para os amares em mim.
Senhor, ensina-me que sou para Ti único no mundo.
Ensina-me também, que Tu és para mim único no mundo.

Rosanne Roy

2 de outubro de 2006

Senhor responde Tu

Na próxima quarta-feira será comemorado o dia de S. Francisco de Assis, ao londo destes dias tenho publicado alguns textos sobre S. Francisco e a Ordem por ele fundada. Hoje será publicada mais uma oração feita por ele.
S. Francisco de Assis rogai por nós.

Senhor responde Tu

Senhor Jesus Cristo, eis que, eu te segui, sem Te contradizer em nada,
e tudo o que me comandaste, o executei com plena obediência.
Em verdade eu não sou tão grande que esteja em meu poder cumprir, sem Tua ajuda, coisa alguma que Te seja grata e bem aceita e para eles útil e salvadora.
Tu, que me deste ordem de fazer e escrever estas coisas que, por Teu louvor e para a
salvação deles, eu escrevo e escrevi, responde a eles por mim e mesmo lhes demonstre
que são tuas palavras e não minhas.

O que é a vida sem amor?!

A inteligência sem amor, te faz perverso.
A justiça sem amor, te faz implacável.
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita.
O êxito sem amor, te faz arrogante.
A riqueza sem amor, te faz avarento.
A docilidade sem amor, te faz servil.
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso.
A beleza sem amor, te faz ridículo.
A autoridade sem amor, te faz tirano.
O trabalho sem amor, te faz escravo.
A simplicidade sem amor, te deprecia.
A oração sem amor, te faz introvertido.
A lei sem amor, te escraviza.
A política sem amor, te deixa egoísta.
A fé sem amor, te deixa fanático.
A cruz sem amor se converte em tortura.
A vida sem amor... não tem sentido.........

(fonte desconhecida)

1 de outubro de 2006

Hoje tento sorrir...

Quantas vezes, um sorriso... não é mais que um refúgio da moribunda dor...
Quantas vezes, um sorriso... é gesto, reflexo, esgar de sentimentos contorcidos no interior...
Quantas vezes, um sorriso... não é, senão, meio de diversão para esconder um olhar comprometedor...
Quantas vezes, um sorriso... não vai além... da metáfora de um arco-íris sem cor....
Se um dia... o dia fosse a noite, veríamos claramente tanto daquilo que o dia teima em esconder...
Ele há sorrisos assim... que nos envolvem... nas invisíveis lágrimas que pensamos conter.
 

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