3 de janeiro de 2007

O Aborto...


" Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado? "
Sim
X Não
É isto que deve constar nos papeis de voto no Referendo que vai ser realizado no próximo dia 11 de Fevereiro de 2007. Exerçam o vosso direito de voto e votem na opção mais correcta e mais justa. Para ajudar os visitantes do Blog a tomarem a vossa decisão irei colocar um texto sobre um caso verídico:
"Eu tenho 36 anos e sou mãe de três crianças. Uma de 11, uma de 6 e a última de 2. A última nasceu com Trissomia 21 (Síndrome de Down- vulgo Mongolismo).
Soubemos no início da gravidez, o que nos fez passar por determinadas dolorosas, dfíceis e muito «estranhas»...
Este tornou-se para mim um anúncio «delicado» e incrível.
Sempre fui leve em relação ao assunto do aborto, até me ver na situação.
Como já disse, nós soubemos da deficiência da nossa filha às 16 semanas de gravidez. Foi um choque, como devem calcular... IMEDIATAMENTE após a notícia foi-nos comunicado pelo médico que podíamos abortar e teríamos que decidir até às 24 semanas...
Por lei, eu podia «abortar»...
De repente, sem mais nem menos, estava nas minhas mãos a vida de alguém...
O que quer que eu decidisse, a lei apoiava-me, tal como a maioria da sociedade... é desconcertante este sentimento... poder «anular» uma vida à vontade, sabendo que toda a gente me entende e me apoia (mesmo que não concorde).
Tudo isto porque ela não é normal... é diferente, tem um atraso mental que nunca a vai deixar ter um curso superior, casar e ter filhos... Por estas razões eu posso matá-la. A sociedade apoia, paga e assina por baixo!!!
Achámos (Zeca e eu) que temos os filhos para ELES serem felizes (e não nós - os Pais - como muita gente acha). A felicidade é relativa e não passa obrigatoriamente por cursos superiores e casamentos. Além de que, aprofundando o assunto, estas crianças monglóides são tão mais descomplicadas que naturalmente são felizes. Fiquei radiante quando me apercebi e conscientalizei-me que das minhas 3 filhas, uma delas já ia ser feliz... as outras duas ainda tinha muito que as ajudar... e isso deu-me imenso conforto!! A monglóide era certamente a feliz!!! Que bom e maravilhoso ter essa certeza.
Quantos de vocês tês essa segurança em relação aos vossos filhos, ditos normais???
Bom, isto tudo para dizer, que apesar de não desejarmos uma criança deficiente, não quizemos, não, nada, nunca (apesar de neste caso a lei dizer que sim) pensámos em matá-la! Além de matar, viver uma vida de família em cima de uma morte seria muito duro para nós, e uma grande cobardia em relação aquela criança na minha barriga que não pediu NADA. Com olhos em bico ou não, mais lenta ou não, Eu não posso matar a minha filha!!! NÃO TENHO ESSE DIREITO, independentemente de haver quem ache que sim.
A minha vida vai mudar? Sim.
Vou estar enfiada em terapias? Sim.
O coração dela está bem? Não sei.
Os outros órgãos? Não sei.
Verá bem? Não sei.
Ouvirá bem? Não sei.
Vocês sabem isso antes dos vossos filhos nascerem? Têm certezas?
A partir desse momento e desses meses, a história do aborto a história do aborto tornou-se tão clara que gostava que lessem para ver se concordam... Estou um pouco cansade destes e-mails todos muito técnicos (apesar de válidos) cheios de leis e palavras muito difíceis quando no fundo tudo se trata de RESPEITO À VIDA.
Se é as 10 semanas, 12 ou 24, se é despenalizar ou liberalizar, se é PSD, PP, PS, ou Bloco de Esquerda, se, se, se...
A pergunta que nos vão fazer é (esqueçam os que a favor chamam «despenalização» e os contra chamam «liberalização»):
Qualquer mulher (pobre ou rica, com ou sem problemas) se não quer ter um filho, pode matá-lo até as 10 semanas de idade?
Sim ou Não?
Podem ou não?
Comecei a pensar... há tanta gente que tem pena destas mulheres... eu também tenho... elas não queriam engravidar... não têm dinheiro... não têm casa... são drogadas... têm 15 anos... qual a solução? Matar o filho, claro!
É efectivamente uma solução, que tanta gente apoia e está pronta a pagar essa morte do seu próprio bolso.
Lembrei-me depois, no seguimento deste raciocínio, que há outras mães nessas situações... Lembran-se da mãe da pequena Joana? Aquela mãe que matou a filha de 5 anos e que está presa? E que Portugal INTEIRO se revoltou contra ela?
Mas ela, coitada, também não tinha condições de ter a Joana... perdeu o emprego, não conseguia ajudá-la... e achou que para ela ter uma vida assim, mais valia matá-la, no fundo era um acto de amor e proteger a sua filhota de sofrer... E, dentro do mesmo contexto, achou bem. Matou-a, provavelmente ela não deu por nada, tal como os bebés na barriga, e acabou-se o problema.
São dois casos idênticos, mas vocês reagem de maneira diferente... é engraçado... num revoltam-se... noutro ainda estão a pensar nas pobres mães que não os podem criar. QUAL É A DIFERENÇA?
A diferença é que vocês viram a cara da Joana na TV, sentiram-se atingidos e sensibilizados e o bebé de 10 semanas não viram. É mais fácil de matar que não se conhece a cara. É cobardia. O coração bate em ambas.
Pensem bem: 2 mães que matam os seus filhos pela mesma razão. Exactamente.
Uma pode e deve ir para a cadeia... a outra... coitadinha. Além de que isto tudo é secundário. A mãe, lamento, não está em causa no referendo, apesar do que nos impigem. O que está em causa é o filho. Pode-se matar ou não? É o que vamos decidir.
Há quem lhe chame «despenalização», outros «liberalização», eu chamo MATAR.
Vocês consideram que a vida de um ser humano tem valor menor do que a dignidade da mãe? Acaso assassinar a um ser humano inocente e indefeso não seria um crime maior do que a violação sofrida pela mãe?
O aborto não é um direito da mulher . Ninguém tem direito de decidir se um ser humano vive ou não vive, mesmo que seja a mãe que o acolheu no seu ventre. A mulher tem o direito de decidir se concebe ou não. Mas desde que uma vida foi gerada no seu seio, é outro ser humano, em relação ao qual tem particular obrigação de o proteger e defender.
Meus queridos amigos , gostava para quem ainda não pensou no assunto, pensasse.
Vamos brevemente decidir sobre a ética do nosso País. Sobre se podemos ou não abortar livremente até às 10 semanas. Segundo alguns, quase toda a Europa já aborta, matando as suas crianças... Só Portugal é que está atrasado. Fico radiante de o nosso atraso ser bom em algumas situações. E tal como fazemos com os nossos filhos, dos colegas da escola devemos copiar os bons alunos e não os maus. Temos de saber o que devemos trazer de exemplo da Europa e o que NÃO DEVEMOS copiar. Além de que muitos deles já estão arrependidos das decisões tomadas mas agora é tarde demais para voltar atrás. Nós é que estamos SUPER ATRASADOS!!!
Votem contra a morte.
Não se abstenham, é uma vergonha.
Na dúvida, escolham a VIDA.
Tenham tomates para dizer a vossa opinião em público.
E mais, acabou-se o modernismo de "eu sou contra, mas cada um sabe de si".
NÃO! Se é contra explique e convença os outros. Abra-lhes a mente.
Vocês têm essa obrigação, de ajudar os indecisos e quem não vê nem entende a entender.
E não metam isto nas mãos dos católicos. Este assunto da vida tem a ver com Budistas, Católicos, Ateus, etc...é um assunto de ética moral da mais simples...desde que nascemos que aprendemos: - Não se mata. Matar é mau.
Chega de estar tudo no seu canto a opinar e os políticos a decidir se matamos ou não os nossos filhos.
E vocês Pais (homens) , mais do que ninguém, falem! Alguém vos perguntou se podem matar os vossos filhos? Vocês nem têm voz. A mulher decide tudo sozinha! (coitadinha) Desculpem se me exalto na escrita, mas realmente acho que andamos todos a brincar às leis e com a vida das pessoas...
Beijos, Bita"
Agora leiam, reflictam e no dia 11 de Fevereiro vão às urnas mostrar a vossa opinião.

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