21 de dezembro de 2006

Natal é...


Mais do que a estrela e os anjos da noite,
o Menino que franqueia a porta,
e nas mãos, na ternura, na coragem e na amargura,
constrói o presépio,
sempre à dimensão do que houver audácia de dar.
Mas a que horas baterá o grande relógio da sala?
Quando o testamento da família for partilhado em medidas iguais...
Quando o caído, o ofendido pela injustiça,
encontrar a seu lado, a rede da fraterna convivência.
Quando a defesa da vida
deixar de fechar os olhos às fortes agonias de muitas mortes...
Quando o importante não for ser Dr.,
mas, em tudo, cuidar da aventura de saber...
Quando deixarem de ser moda
a magreza do salário, o aproveitamento das situações,
e a intolerância da razão sem razões...
Quando a fome de alguém
não for peça de currículo para quem combate...
Quando se lutar pela revolução da Justiça
em vez do esconde-esconde das campanhas de bem amar...
Quando aceitarmos que as nossas ideias grandes,
são as ideias enormes que os outros põem em acção...
Quando se chorarem os mortos, sem precisarmos
de enterrar vivos...
Quando o Prémio Nobel continuar a ser prémio, sem que tenha sido
atribuído à Prima Sónia ou a alguém da nossa tribo...
Quando a desolação tanto amigo ou anónimo,
gravemente doente ou em desconforto, não nos roubar a Esperança,
que é o único sonho sem clima de estação...
Quando...
Quando, assim, algo de novo, de diverso, ocorrer no meio de vós!
Levantai a cabeça, vê-de e ouvi:
O grande relógio da sala bateu as horas!
O Menino entrou, para além da porta.
O Natal é, assim, uma história de acordar e mudar o coração.
O Natal de Jesus já não é d'Ele.
É o Natal de cada um de nós!!!

FELIZ NATAL

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